domingo, 13 de março de 2011

Divisão de Manduris: errando e aprendendo com as abelhas

Caros amigos,
quero contar sobre uma divisão "autônoma".
No dia 30/11/2010, fiz uma transferência de uma colônia de melipona marginata para uma caixa vertical com ninho e melgueira. Coloquei os discos de cria no ninho e guardei os potes para colocá-los mais tarde.
Três dias depois coloquei os potes na melgueira. Cinco dias após recolocar os potes, a surpresa. Além do orifício de entrada, havia, na parte posterior da melgueira, um outro orifício (numa falha da madeira)por onde entravam e saíam abelhas. 
Para minha surpresa e felicidade, quando abri percebi que havia um envoltório na parte do ninho e outro na parte da megueira, ambos com postura.
As abelhas me deram uma nova colônia. Provavelmente havia uma princesa entre as abelhas que estavam junto aos potes colocados 3 dias depois da mudança, como descrevi.
Coloquei outra melgueira na caixa mãe e outra caixa na melgueira (filha).



Evolução da nova colônia:
12/12/2010 – separei as duas colônias (ERRO), com certa insegurança, pois ambas poderiam estar realizando intercâmbio. Mantive o ninho (discos de cria mais envoltorio) na melgueira.
19/12/2010 – coloquei potes de cerume vazios na parte do ninho, fechei a entrada que existia na melgueira para força-las a utilizar o espaço do ninho(ERRO).
29/12/2010 – Fecharam a comuniação melgueria-espaço para o ninho e estão cavando túnel na madeira tentando abrir nova passagem na melgueira. Reabri a comunicação(ERRO) e coloquei os discos de cria com o envoltorio intacto na parte do ninho(ERRO). Apareceram forídeos (ERRO) provavelmente o novo espaço ficou muito grande para a colônia ainda fraca). Coloquei aramadilha com vinagre.
21/1/2011 – Ainda tem forídeos. Renovei a armadilha. Colônia fraquíssima, tem bem poucas abelhas.
22/1/2011 – continua com forídeos. Resolvi reforçar com campeiras e, para tal, troquei de lugar com outra colônia forte, que transferí para um local distante 42m. Fiquei apreensivo, pois poderia have briga e alta mortandade. Mas as camperiras foram bem aceitas.
12/3/2011 – Tem forídeos na parte da melgueira, mas as abelhas se protegeram vedando novamente a passagem melgueira-ninho. Temu m bom número de abelhas, mas não tem postura. Pode ser que tenha entrado em diapausa, pois estamos iniciando a época de frio. No entanto não encontrei a rainha (pode ser que estivesse escondida).
Conclusões:
ERROS
  1. Não deveria ter mexido até que a colônia se consolidasse, em mais ou menos 90 dias.
  2. Não deveria ter aberto a comunicação entre o espaço da melgueira e do ninho, pois a população de abelhas ainda era pequena para cuidar de um espaço grande. Por este motivo surgiram os forídeos.
  3. Não deveria ter trocado os discos de cria para o espaço do ninho, tentando forcar a tainha a passar a postura para lá, pelo mesmo motivo do íten anterior.
ACERTO
a tentativa de reforçar a colônia com as campeiras de outra mais forte, trocando o lugar das colméias foi acertada, pois realmente fortaleceu.

nuvem de abelhas: defesa do espaço aéreo

Entrada de ninho de Jataí em tronco de árvore.


Neste final de semana alimentei minhas Mandaçaias com mel de Ápis  80%. Como tem chovido muito as Ápis andam sequiosas por um néctar. Sentiram o cheiro enquanto eu transportava e colocava nas colméias das Mandaçaias e tentaram invadi-las. As Mandaçais reagiram fazendo uma revoada considerável. O interessante é que a coisa foi se desenvolvendo em cadeia, as colônias próximas foram uma a uma realizando os movimentos de vôo para assustar as Ápis. Mas o mais interessante foi o que ocorreu com uma colméia de Jataís. Fizeram uma verdadeira cortina para proteger o espaço aéreo próximo à sua entrada. Uma nuvem estável de mais ou menos 3 metros quadrados de Jataís parecendo helicópteros em formação de guerra. Na verdade permaneciam em formação como um daqueles cardumes grandes de peixes, que parecem um ser único. O vento as movia um pouco, mas a nuvem se movia sem perder a forma.
Pena eu não ter a máquina fotográfica ou filmadora em mãos no momento.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Mel Virgem, o mel sagrado das abelhas indígenas



O mel da Deusa Mãe Terra

Para os povos andinos a Deusa Mãe, a Mãe Terra, é a geradora de abundância e de tudo que na terra existe. É a vida, as estações, a fecundidade, é o ciclo da vida, da morte, do renascimento.
Conectar-se com a grande mãe, é conectar-se com a abundância e alegria da vida.
Estes povos denominam o mel das abelhas indígenas (abelhas sem ferrão) de  miel virgen, por ser um mel especial, sagrado, ligado à saúde, à vida  ou seja, “o mel da Deusa Mãe” que depois da chegada dos espanhóis ficou com o nome da Virgem Maria , de onde “la miel virgen”.

 Referências:
Abena@yahoogrupos.com.br

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Abelha Mirim guaçu - nome científico: Plebéia remota

                    Abelha sentinela na entrada de colônia alojada em caixa racional.

Nome Científico
Plebeia remota (Holmberg)
Nome popular
Mirim guaçú(Nogueira-Neto, 1970)
Taxonomia
Hymenoptera
Apoidea
Apidea
Meliponinae
Trigona
Características gerais
Estas abelhas constituem colônias pouco populosas, compostas por individuos de aproximadamente 6 a 7 mm de envergadura.
São muito dóceis, permitindo sua observação e manejo, sem qualquer tipo de equipamento de proteção, até mesmo por crianças.
Nidificam, em geral, em ocos de árvores, mas, na ausencia destas, podem ser encontradas em outros locais como fendas de muros.
A entrada do ninho é constituída por um pequeno orificio , por onde passa apenas uma abelha. Durante as horas de atividade a entrada é guardada por uma abelha sentinela.
Constroem o ninho com discos de cria dispostos horizontalmente, cobertos por lamelas de cerume ou não.
Para fixar as estruturas, constroem pilares ou trabéculas de cerume, formando uma interesante trama.
No inverno, nas regiões frias, costumam interromper a postura, ocluir o orificio de entrada e entar em estado de diapausa (dormência ou redução importante do metabolismo)
Em potes semelhantes a um grão de uva, armazenam pequena quantidade de mel bem fluido, ácido e saboroso, como a maioria dos meliponineos.
Junto aos potes de mel encontram-se também potes de pólen muito nutritivo, de diversas côres, na dependencia da floração da região,



 Entrada de colônia nidificada em cedro.


Imagem do interior de uma colméia, demonstrando abelhas sobre
discos de cria sem envoltório, fixados pelas cordoalhas de cerume,
além de potes de mel e pólen



Detalhe de operárias e discos de cria

Detalhe das cordoalhas e trabéculas de cerume

Observa-se dois conjuntos de discos de cria.
Discos maduros na parte superior da foto  (mais claros e de aspecto mais ressecado).
Discos imaturos na parte inferior (mais escuros e úmidos), alguns rompidos deixando visualizar o alimento larval.
No entorno observa-se ainda restos de discos já em desuso.


Rainha, retirada da colméia, caminhando sobre polegar.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Entradas de colmeias

 Túbo de entrada de plebéia droryana (mirim) em caixa racional.
Observe o orifício superior no qual sempre permanece uma abelha vigia.

 Orifício de entrada de melipona marginata (manduri) em colméia racional.
Observe as raias convergentes de geoprópolis.

 Orifício de entrada  de plebéia remota (mirim guaçú) nidificada em cedro.

 Tubo de entrada de scaptotrigon bipunctata (tubuna) nidificada em cedro.

  Orifício de entrada  de plebéia remota (mirim guaçú) em colméia racional.

Tubo de entrada de plebéia emerina em colméia racional.
Observe a protuberância sob o orifício de entrada. Trata-se de resquício de tubo
construído por abelhas iratins por ocasião de invasão desta colméia.

Colméia de Jataí

Meliponário abelhaindigena 2

Visão parcial do meliponário, com colméias racionais contendo Meliponas quadifasciatas (Mandaçaias)
e Meliponas marginatas (Manduris)